Imagem retirada da Internet
As características desse tipo de gênero textual são simples, ou seja, não possuem muitas regras e estrutura para serem seguidas. Vejamos:
• O assunto é livre, geralmente de ordem íntima, sentimental.
• O tamanho varia entre médio e grande. Quando é pequeno, é considerado bilhete e não carta.
• O tipo de linguagem acompanhará o grau de intimidade entre remetente e destinatário. Portanto, cabe ao escritor saber se pode usar termos coloquiais ou mesmo gírias.
• Quanto à estrutura, a carta pessoal deve seguir a sequência: 1. local e data escritos à esquerda, 2. vocativo, 3. corpo do texto e 4. despedida e assinatura.
Como o grau de intimidade é variável, o vocativo, por consequência, também: Minha querida, Amado meu, Querido Amigo Fulano, Fulaninho, Caro Senhor, Estimado cliente, etc. A pontuação após o vocativo pode ser vírgula ou dois-pontos.
Assim também é em relação à despedida, a qual pode variar entre Atenciosamente, Cordialmente, etc. até Adeus, Saudades, Até em breve, etc.
Quanto à assinatura, pode ser desde só o primeiro nome até o apelido, dependendo da situação.
Caso se esqueça de dizer algo importante e já tenha finalizado a carta é só acrescentar a abreviação latina P.S (post scriptum) ou Obs. (observação).
A carta pessoal geralmente é entregue em mãos ou enviada pelo correio, pois é manuscrita!
Curiosidade sobre P.S: essa sigla é originada do verbo latino “post scribere” que significa “escrever depois”!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Graduada em Letras
MODELO DE CARTA PESSOAL:
Chácara
das Flores, 18 de fevereiro de 1.978.
Meu filho João,
Evite morar em arranha-céu, é o que
lhe peço. Nem mesmo de graça. Seu tio me disse que são uns edifícios enormes,
de uma altura descomunal. Você foi sempre meio sonâmbulo, eu fico aflita, tenho
medo de você sonhar e atirar-se da janela pensando que está voando. Deus nos
livre! Além disso, há o perigo do elevador, e se acontecer um incêndio como é
que meu filhinho vai se salvar?
Seu tio disse que quase não entra ar nesses
apartamentos e que nenhum vizinho liga para outro vizinho, e se um procura o
outro é para questionar.
Não se esqueça, meu filho, de que gente da
cidade grande é diferente de nós. Seu tio contou que lá a gente vê uma pessoa
morta estendida na rua e nem olha, se você passar perto de algum falecido não
esqueça de rezar uma ave-maria e acender uma vela. Enquanto você não arranja
emprego, seu avô vai mandando um dinheirinho para as despesas, pois com a
falência ficou difícil para nós. O Armandinho me passou um susto dizendo que
você tomou parte numa revolução. Depois ele mesmo me tirou do susto dizendo que
era brinquedo. Deus me livre de saber que um filho meu pegou em armas contra
alguém ou contra instituições.
A chácara vai ser vendida, com o dinheiro apurado seu pai está querendo comprar uma pequena olaria. As suas tias vão
morar num pensionato aí e fazer corte e costura. Desde que desapareceu o telegrafista, sua tia só faz chorar, achando que ficou viúva. E não eram noivos! Ela espalhou retrato dele por toda casa, até mesmo no corredor e no banheiro. Seja bom para elas e faça uma visitinha de vez em quando, pois apesar de tudo, elas gostam de você e precisam de carinho. Muito juízo, sim? Receba a minha benção e de seu pai.
Junto vai o retrato que tirei com seu pai como última lembrança da chácara.
Sua mãe
Bom estudo, amiguinhos!!!!
Bom estudo, amiguinhos!!!!
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