AIDS E O VÍRUS HIV - 1º DE DEZEMBRO - DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS - PARTE I
1930
1957
1959
1981
1983
O QUE É AIDS?
É uma sigla originada do inglês, que significa síndrome da imunodeficiência adquirida.
(acquired immunodeficiency syndrome).
É o estágio final da doença provocada pelo HIV, um
vírus que causa graves danos ao sistema imunológico.
O QUE É SISTEMA IMUNOLÓGICO?
O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira. É composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
O QUE É HIV?
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids,
ataca o sistema imunológico, responsável por
defender o organismo de doenças. As células mais
atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o
DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si
mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os
linfócitos em busca de outros para continuar a
infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há
muitos soropositivos que vivem anos sem
apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas
relações sexuais desprotegidas, pelo
compartilhamento seringas contaminadas ou de
mãe para filho durante a gravidez e a
amamentação. Por isso, é sempre
importante fazer o teste e se proteger em todas
as situações.
LINFÓCITOS T CD4: TH1 E TH2
Os linfócitos T CD4+ ativados secretam citocinas que promovem o crescimento, diferenciação e funções de linfócitos B, macrófagos e outras células. Dois subgrupos desses linfócitos podem ser definidos pelo tipo de citocinas que secretam: Th1 (T helper 1) e Th2
(T helper 2). Mas antes de se tornarem Th1 ou Th2, esses linfócitos estão em estado de quiescência (subst.: que está em repouso), sendo
denominados Th naive ou virgens. Até esse momento o único papel deles é produzir citocinas IL-2 e expressar receptores para a mesma. O principal efeito da IL-2 é autócrino, ou seja, age na própria célula que a está secretando. Depois de um estímulo mínimo as Th naive passam para a circulação, passando a designar-se Th0. Quando ocorre um estímulo mais acentuado acontece a diferenciação em Th1 ou Th2:
A citocina que induz as células Th0 a diferenciarem-se em Th1 é a IL-12. A citocina que induz as células Th0 a referenciarem-se em Th2 é a IL-4. Outra maneira de diferenciar essas células é pelo padrão de resposta, depois de ativadas: As Th1 produzem citocinas relacionadas principalmente com a defesa mediada por fagocitose contra agentes infecciosos intracelulares, como Interferon-gama (INF-γ), IL-2 e Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α).
As Th2 secretam IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, relacionadas com a produção de anticorpos IgE e reações imunes mediadas por eosinófilos e mastócitos contra alérgenos e helmintos.
Após a ativação destas duas subpopulações, Th1 e Th2 influenciam-se mutuamente e de forma antagônica. O INF-γ produzido pelas Th1 inibe as Th2, e a IL-10 produzida pelas Th2 inibe as Th1.
Fonte:VAZ, A. J.; TAKEI, K.; BUENO, E. C.; Imunoensaios: Fundamentos e aplicações. RJ: Guanabara Koogan, 2007.
BIOLOGIA:
– HIV é um retrovírus, classificado na
subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus
compartilham algumas propriedades comuns:
período de incubação prolongado antes do
surgimento dos sintomas da doença, infecção das
células do sangue e do sistema nervoso e
supressão do sistema imune.
COMO SURGIU A AIDS?
Ela surgiu a partir de um vírus chamado SIV,
encontrado no sistema imunológico dos
chimpanzés e do macaco-verde africano.
Apesar de não deixar esses animais doentes, o
SIV é um vírus altamente mutante, que teria
dado origem ao HIV, o vírus da aids. O SIV
presente no macaco-verde teria criado o HIV2,
uma versão menos agressiva, que demora
mais tempo para provocar a aids. Já os
chimpanzés deram origem ao HIV1, a forma
mais mortal do vírus. "É provável que a
transmissão para o ser humano, tanto do HIV1
como do HIV2, aconteceu em tribos da África
central que caçavam ou domesticavam
chimpanzés e macacos-verdes", diz o
infectologista Jacyr Pasternak, do Hospital
Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Não há
consenso sobre a data das primeiras
transmissões. O mais provável, porém, é que
tenham acontecido por volta de 1930. Nas
décadas seguintes, a doença teria permanecido
restrita a pequenos grupos e tribos da África
central, na região ao sul do deserto do Saara.
Nas décadas de 60 e 70, durante as guerras de
independência, a entrada de mercenários no
continente começou a espalhar a aids pelo
mundo. Haitianos levados para trabalhar no
antigo Congo Belga (hoje República
Democrática do Congo) também ajudaram a
levar a doença para outros países. "Entre 1960
e 1980 surgiram diversos casos de doenças
que ninguém sabia explicar, com os pacientes
geralmente apresentando sarcoma de Kaposi,
um tipo de câncer, e pneumonia", diz a
epidemiologista Cássia Buchalla, da
Universidade de São Paulo (USP). A aids só foi
finalmente identificada em 1981. Hoje,
calcula-se que existam mais de 40 milhões de
pessoas infectadas no mundo.
Décadas de mistérioDoença, que pode ter aparecido nos anos 30, só foi identificada em 1981.
Um dos principais estudos sobre a aids aponta
que nesse ano ocorreu a primeira transmissão
dos macacos para o ser humano. Mas não
existe consenso entre os cientistas. Alguns até
acreditam que o primeiro contato do homem
com o vírus aconteceu séculos antes.
Há alguns anos, uma teoria popular dizia que a
transmissão do HIV para os humanos só teria
ocorrido em 1957. Uma vacina contra a pólio
estaria contaminada com restos orgânicos de
macacos portadores do vírus. Testes recentes,
porém, derrubaram essa teoria.
O primeiro caso comprovado de morte
provocada pela aids é de um homem que
morava em Kinshasa, no antigo Congo Belga
(hoje Congo). Isso, porém, só foi descoberto
décadas depois, com um teste feito no sangue
dele, que estava guardado congelado.
A aids é reconhecida como doença. Surgem
vários relatos de sintomas em homossexuais
nos Estados Unidos. Também em 1981 morre
o chamado "paciente zero" naquele país: um
comissário de bordo que espalhou a doença
em suas viagens.
Pesquisadores isolam o vírus da aids pela
primeira vez. Dois anos depois, aparece o teste
que identifica a presença de anticorpos no
sangue. O nome HIV, porém, só surge em
1986. A primeira droga para ajudar no
tratamento da doença, o AZT, só é criada em
1987.
Fonte: REVISTA MUNDO ESTRANHO ·
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