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(453) CRÔNICAS INFANTIS - O MISTÉRIO DA CASA MÁGICA


O mistério da Casa Mágica (...)Ariane Bomgosto


 Há muito tempo atrás, na pequena vila de Águas

 Claras, todos viviam na mais perfeita harmonia. As 

famílias se conheciam umas às outras, as crianças 

brincavam juntas perto do riacho e costumavam se

 reunir à noite, em frente à casa abandonada, que 

ficava no alto de uma colina. A casa era o mistério da

 vila, pois nunca alguém havia entrado lá e voltado 

para contar como era. Uma das menininhas de Águas

 Claras, porém, era muito curiosa e faminta. Seu 

nome era Molly. E todas as vezes que passava em 

frente à velha casa, davam uma espiadinha e tinha 

vontade de entrar.

Os pais diziam aos filhos que na casinha não morava 

ninguém, mas Molly sabia que não era verdade, pois 

sempre que passava por ali sentia um cheiro tão 

gostoso que era impossível não parar e ficar 

sonhando com o que estava sendo feito naquela 

cozinha. O cheirinho saía da chaminé e impregnava 

todo o vilarejo, mas os mais velhos continuavam a 

dizer que não havia ninguém cozinhando ali dentro.

Molly nunca tinha visto a dona da “casinha mágica” –

 como ela gostava de chamar -, até que um dia 

tomou coragem e bateu à porta:

- Quem é?, respondeu de dentro uma voz cansada.

- Sou eu, a Molly, disse a pequena. Meus pais dizem

 que aí não mora ninguém, mas eu sei que a senhora

 existe e gostaria de conversar um pouco.

- Vá embora Molly, nenhum dos pais nunca deixará 

que seus filhos conheçam a minha velha casa.

- Não vou não, retorquiu Molly. O cheiro que vem daí

 é muito bom e eu estou faminta. Se abrir, posso 

comer um pedaço de bolo e depois eu vou embora. 

Ninguém vai descobrir.

Uma velhinha com uma cara bondosa abriu devagar 

a porta. Quando a pequena Molly olhou ao redor, 

ficou maravilhada. Havia biscoitos em forma de 

coração por toda a casa, chocolates borbulhando nas 

panelas e umas bolachas dentro de uns potinhos. 

Ainda tinha o mel feito na hora que jorrava sem 

parar de dentro das vasilhas em formato de ursinhos.

 Mas o que mais surpreendeu Molly foram as árvores

 no fundo do quintal cheinhas de frutas fresquinhas,

 que podiam ser tiradas do pé e deliciadas na hora.

- Por que a senhora não abre a sua casa para que 

todos venham aqui ver todos estes quitutes 

maravilhosos? indagou Molly.

- Ah, pequena Molly, infelizmente nem todas as 

pessoas pensam como você, falou a velhinha. Todos 

os pais de Águas Claras acham que o ato de cozinhar

assim, por puro prazer, é um pecado, e não deixam 

que seus filhos venham me visitar!

- Pois a partir de hoje, falarei a todas as crianças que

no alto deste vale existe uma pessoa com mãos de 

fadas, falou empolgada a menininha. E todos, 

crianças e adultos, virão aqui provar todas estas

 iguarias. E eu garanto, quando entrarem aqui e 

virem que linda casa você tem, não haverá mais

 preconceito.Dentro de poucos dias, Molly 

organizou uma festa e convidou a todos da vila. Não 

disse que as comidas seriam preparadas pela 

senhorinha misteriosa. Todos amaram as comidas e 

entenderam que é o amor o que dá o gosto especial 

aos alimentos. Desde então, a “casinha mágica” 

passou a ser visitada todos os dias por todos que 

queriam aprender a arte da culinária ou 

simplesmente comprar alguma das delícias. A 

pequena vila deixou de se chamar Águas Claras e

 passou a ter o nome de “Casa Mágica”, em 

homenagem à senhora que lá vivia. Depois desse dia

o mundo inteiro quis conhecer “Casa Mágica” e a vila

 ficou pequena para tantos visitantes.


Boa leitura!!!!

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