Pular para o conteúdo principal

(261) HORA DA LEITURA - VIAGENS DE UM PÃOZINHO DO AUTOR SÉRGIO MEURER



Chegou de manhã um pãozinho
Parou em cima da mesa,
esperando o café começar.
Chegou quentinho,
como um raio de sol.
Chegou quietinho,
como ele só:

não sabe fazer barulho,
nenhum pio dá o pão.
Também não conta vantagens:
pouca gente sabe de suas viagens...

Mas... pão passa por cada uma!
Não para num lugar,
vive muitas aventuras,
tem muita história pra contar...

Quantos perigos!
Nos dias de ventania,
soprava tão forte,
que o trigo girava
pra lá e pra cá,
fazia remelexo
e achava um jeito
de não ser levado ao vento.
Ufa!

E veio a colheita:
tirar os grãos do trigo
quando estava bem crescido.
Não era
só um grão,
nem dois, nem três:
era um montão!

Depois
veio a hora
de mudar outra vez:
moeram,
moeram,
moeram,
todos os grãos,
até ficarem
como areia fina.
Branquinhos,
juntinhos,
viraram farinha.

Pensa que já acabou
a aventura do pão?
Que nada!
A farinha de trigo
foi parar na padaria.

Lá, o padeiro misturou com água,
com ovos e fez a massa.
Não faltou fermento,
pra crescer um pouco!
Depois, foi pro forno e...

... que calorão!
Lá dentro
a massa
esquentou...
esquentou...
esquentou até...

... sair bem na hora certa
de virar pão quentinho!


Logo depois,
estava pronto
para ser vendido no balcão,
Cada pessoa pedia de um jeito diferente:

- Quero cinco pães!
- Meia dúzia!
- Só um pãozinho, só...

Foi assim que o pão
fez outra viagem:
da padaria
para a mesa
de um café da manhã.

Quantos vizinhos,
bem ao seu lado!
Queijo e manteiga,
leite, biscoito e café:
tudo bem preparado.

Logo, à mesa,
tinha gente
que comia sem parar:

Um gole de café aqui,
um pouco de leite lá,
pedaço de bolo ali,
fatia de queijo acolá...

Pedaço de bolo aqui,
fatia de queijo lá,
um pouco de leite ali,
gole de café acolá...

Desse jeito nem demorou
para o lanche terminar:
não sobrou
nem um pouco de café,
nem um pedaço de queijo,
nem um restinho de leite.
A mesa ficou vazia,
foi-se embora toda a gente...

Ah, só uma coisa restou:
logo ele, o pãozinho quente.
Seria abandonado num canto?
Seria esquecido,
até ficar duro que nem pedra?
Ah, isso não era com ele:
não tinha dinheiro,
mas pão - duro não era, não.

Logo ele, de tantas viagens:
nunca ficou parado
num só lugar,
nunca parou
de se transformar.
Mas... agora na mesa,
o que ia virar?

Parecia sem saída, o pequeno pão.
De repente, uma surpresa:
passos se aproximando,
alguém voltava pra mesa...
Com muito cuidado,
esse alguém colocou o pão
num saquinho de papel...
E saiu carregando
pra outro lugar...

Mais uma viagem!
Para onde estaria indo?
Em que iria se transformar?

Nem foi muito longe,
nem ficou à toa:
só parou na frente 
de outra pessoa,
que ganhou o embrulho
como se fosse presente,
pegando o pãozinho
ainda bem quente.
E
mastigou...
mastigou...
mastigou...

Então,
veio a hora 
de mudar mais uma vez...
Sabe o que
o pãozinho virou?

Virou brilho de um riso bom,
sorriso de quem fica
com barriga
cheia,
quentinha
por causa do pão...

Foi aí que a aventura do pão
se transformou
na história de um sorriso...
Dizem que o sorriso
vai passar por cada uma,
com muita coisa pra contar...
BOA LEITURA!
Imagens retiradas da Internet

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

(115) NÚMEROS DE 201 ATÉ 300

BOM ESTUDO! Imagens retiradas da Internet

(264) TRAVA - LÍNGUA - FAROFA FEITA COM MUITA FARINHA FOFA FAZ UMA FOFOCA FEIA.

FAROFA FEITA COM MUITA FARINHA FOFA FAZ UMA FOFOCA FEIA. UFA!!! TOMARA QUE VOCÊ TENHA CONSEGUIDO SEM TRAVAR SUA LÍNGUA!!!